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As maiores empresas do agronegócio brasileiro

As maiores empresas do agronegócio brasileiro

Forbes Agro100 2023: O ano das maiores empresas do agronegócio brasileiro

Conheça os destaques do agro da lista Forbes de 2023, um retrato da pujança do setor, mesmo em tempo de grandes desafios

Cláudio Gradilone e Vera Ondei (Colaboraram Carolina Rodrigues e Fábio Moitinho)

O Forbes Agro100 2023 mostrou o desempenho das empresas do setor no ano anterior. Em dezembro, os executivos dessas empresas se reuniram em São Paulo, no hotel Rosewood Matarazzo Ballroon. Era a hora de comemorar um ano de grandes desafios. Isso porque o ano de 2022 não foi dos melhores para a economia brasileira. Porém, cabe aqui uma vírgula. É mais preciso afirmar que 2022 não foi bom para a economia brasileira, com exceção do agronegócio. Em média, o faturamento das 100 maiores empresas desse setor que atuam no Brasil cresceu 20,2% em relação a 2021.

Para comparar, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 2,9%, um ano considerado positivo em comparação com os anteriores. Somadas, as receitas dessas companhias foram de R$ 2,23 trilhões, ou 22,5% do PIB.

Mesmo com a turbulência dos mercados globais provocada pelas hostilidades na Ucrânia e pelo movimento dos bancos centrais da Europa e dos Estados Unidos para elevar os juros e desacelerar a economia, as líderes do agronegócio desfrutaram de mercados abertos para alimentos, fibras e biocombustíveis, o que multiplicou as vendas e garantiu os lucros.

Os números da balança comercial comprovam isso. Em 2022, o total exportado pelo agronegócio estabeleceu um novo recorde: US$ 158,9 bilhões, alta de 32% quando comparado a 2021. O volume embarcado cresceu 8,1%. Com isso, as vendas externas do agronegócio representaram 47,6% do total exportado pelo Brasil no ano passado.

A Lista Forbes Agro100 não teria sido possível sem a colaboração da S&P Global. Parte dos dados veio do sistema S&P Capital IQ Pro, gerido pela S&P, e parte foi fornecido pelas próprias empresas. Na maioria dos casos, foram considerados os resultados do ano calendário de 2022, com exceção das empresas de agroenergia, que divulgam seus números no ano safra da cana-de-açúcar, que vai de abril do ano corrente a março do ano seguinte. Confira quais são as empresas do Agro100 2023, que foram publicadas na edição 113 da Revista Forbes e que agora estão abertas:

1 – JBS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1953, EM ANÁPOLIS (GO)
RECEITA: R$ 374,85 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: GILBERTO TOMAZONI
Líder no ranking de proteína animal e maior empresa brasileira privada em faturamento, a JBS comemora 70 anos em 2023, com 270 mil funcionários em mais de 20 países e 400 unidades produtivas. Foi considerada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), via Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (Nereus), uma das empresas de maior impacto socioeconômico no país. Em 2022, a JBS anunciou a criação de seu Biotech Innovation Center, um investimento de R$ 300 milhões em Florianópolis.

2 – RAÍZEN ENERGIA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2011, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 245,83 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: RICARDO MUSSA
A Raízen, joint venture de Shell e Cosan, é uma das líderes na produção de açúcar, etanol e bioenergia no Brasil. Com 35 unidades de produção, tem 1,3 milhão de hectares de cultivo de cana-de-açúcar e uma rede de 7.300 postos com a bandeira Shell, totalizando 4 mil clientes no Brasil, Argentina e Paraguai. Em 2022, anunciou investimentos de US$ 1,5 bilhão na construção de cinco usinas para a produção de etanol celulósico, biocombustível sustentável conhecido também como E2G, elevando seu portfólio de usinas de baixa pegada de carbono para nove unidades.

3 – NESTLÉ DO BRASIL
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1866, EM VEVEY (SUÍÇA) ; NO BRASIL DESDE 1921
RECEITA: R$ 179,52 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MARCELO MELCHIOR
A Nestlé instalou sua primeira fábrica no Brasil há um século em Araras (SP), para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça. Tem 31 unidades industriais em oito estados brasileiros e emprega mais de 20 mil funcionários. Neste ano, anunciou investimentos de R$ 2,7 bilhões no Brasil até 2026 para modernizar fábricas de biscoitos e chocolates. A Nestlé tem no país o maior segmento de chocolates do grupo no mundo e vai ampliar as linhas de produção em Caçapava (SP), Marília (SP) e Vila Velha (ES).

4 – COSAN
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1936, EM PIRACICABA (SP)
RECEITA: R$ 162,25 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: LUIS HENRIQUE CALSDE BEAUCLAIR GUIMARÃES
Com origem no setor sucroalcooleiro, a Cosan nasceu no interior paulista pelas mãos dos irmãos Pedro e João Ometto, tornando-se uma produtora mundial de açúcar e álcool em 1989. Reúne atualmente um conglomerado de 22 empresas, incluindo a logística de açúcar e outros granéis sólidos destinados à exportação. Em 2022, faturou R$ 162 bilhões e ampliou sua estratégia de participação em empresas de gestão ativa de propriedades agrícolas, como a Radar, a Tellus e a Janus Brasil. O investimento reforça a aposta da Cosan no mercado imobiliário agrícola brasileiro.

5 – MARFRIG GLOBAL FOODS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 2000, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 130,63 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: RUI MENDONÇA JÚNIOR
A Marfrig, líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo, passou a controlar a BRF S.A., uma das principais companhias de alimentos do planeta. A empresa, que já contava com uma plataforma de produção diversificada geograficamente, passou a apresentar também uma diversificação de proteínas com a inclusão da BRF. A combinação contábil das duas companhias fez com que a receita líquida da Marfrig alcançasse quase R$ 131 bilhões em 2022, com Ebitda de R$ 13 bilhões e mais de R$ 4 bilhões de lucro líquido.

6 – CARGILL AGRÍCOLA
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1865 , EM CONOVER , IOWA (EUA);
NO BRASIL DESDE 1965
RECEITA: R$ 123,27 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: PAULO SOUSA
Empresa de origem norte-americana, a Cargill está presente em 17 estados brasileiros com unidades industriais e escritórios em quase 150 municípios, totalizando 11 mil funcionários. É também uma das poucas empresas desta lista controlada pela família fundadora e uma gigante de capital fechado, que ocupa há três anos consecutivos posições entre as primeiras colocações no ranking, posto mantido nesta edição graças ao faturamento de R$ 123 bilhões em 2022, ano em que fez o investimento recorde de R$ 1,2 bilhão em operações no Brasil

7 – AMBEV
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1999, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 79,71 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JEAN JEREISSATI NETO
A Ambev é a sucessora da Brahma e Antarctica, duas das cervejarias mais antigas do Brasil, com forte atuação da produção ao varejo. A Fazenda Santa Helena, no Amazonas, é o maior centro de estudos sobre o guaraná do mundo, enquanto o cultivo da cevada ocorre no Paraná e no Rio Grande do Sul, com produção própria ou em parceria com cooperativas. A empresa é referência em boas práticas e inovação. Uma das iniciativas é o programa 100+ Labs Brasil, que há cinco anos incentiva e premia soluções ligadas à agricultura digital e à sustentabilidade.

8 – BUNGE ALIMENTOS
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1818, EM AMSTERDÃ, NA HOLANDA; NO BRASIL DESDE 1905
RECEITA: R$ 78,75 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JULIO GARROS
A Bunge Alimentos é uma líder global no setor agroindustrial. Suas atividades abrangem o processamento de grãos, a produção de alimentos, ingredientes, oleaginosas, fertilizantes e bioenergia. Tem se destacado por suas iniciativas sustentáveis, promovendo a agricultura regenerativa e investindo em tecnologias avançadas. Entre as metas da empresa, destaca-se ter toda a sua cadeia de suprimentos livre de desmatamentos em 2025.

9 – COPERSUCAR
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1959, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 70,14 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: TOMÁS CAETANO MANZANO
A Copersucar faturou acima de R$ 70 bilhões em 2022, ampliando sua escala com a entrada na safra de três novas usinas. É a maior cooperativa de empresas do país, com a moagem de mais de 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, a venda de 2 milhões de toneladas de açúcar no mercado interno e o aumento de 7,1% no volume de exportações (de 2,8 milhões para 3 milhões de toneladas). No mercado global de etanol, expandiu as operações via Eco-Energy, que movimentou 7 bilhões de litros no último ano safra, o melhor resultado de sua história.

10 – BRF
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 2009, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 53,81 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MIGUEL DE SOUZA GULARTE
Nascida da fusão de Perdigão e Sadia há 14 anos, a BRF é a maior exportadora de carne de frango do Brasil e uma das maiores empresas de alimentos do mundo, presente em 127 países, com 100 mil funcionários e mais de 30 marcas em seu portfólio. Em 2022, investiu R$ 231,8 milhões em ações socioambientais, relacionadas às mudanças climáticas, ao bem-estar animal e a projetos sociais, 18% acima do aplicado em 2021. A empresa conquistou também 100% de rastreabilidade dos fornecedores diretos e 45% dos indiretos de grãos dos biomas Amazônia e Cerrado.

11 – SUZANO
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1924, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 49,83 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: WALTER SCHALKA
Maior produtora de celulose do mundo, a Suzano registrou o melhor ano de sua história, com geração de caixa expressivo. A receita líquida avançou para R$ 49,8 bilhões, enquanto o lucro líquido chegou a R$ 23,4 bilhões. Já o Ebitda ajustado da empresa cresceu 20%, somando R$ 28,2 bilhões. Além do forte desempenho operacional e financeiro, a empresa teve conquistas importantes na área ambiental, que tornaram ainda mais competitiva sua base florestal – em 2023, estão previstos investimentos de R$ 18,5 bilhões no setor.

12 – ANDRÉ MAGGI PARTICIPAÇÕES (AMAGGI)
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1977, EM SÃO MIGUEL DO IGUAÇU (PR)
RECEITA: R$ 47,37 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JUDINEY CARVALHO DE SOUZA
Sediado em Mato Grosso desde 1979, o Grupo Amaggi é o maior produtor de soja de capital 100% nacional. Produz 1,2 milhão de toneladas anuais de soja, milho e algodão, além de importar e distribuir produtos agrícolas para Argentina, Holanda, Suíça, Paraguai, China e Singapura. Atua em logística e é dona de duas fábricas de fertilizantes nos municípios de Comodoro e Sinop, no Mato Grosso. No setor energético, a capacidade de produção torna a empresa autossuficiente, comercializando o excedente para o Sistema Integrado Nacional (SIN), que distribui eletricidade no Brasil.

13 – LOUIS DREYFUS
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1851, NA ALSÁCIA (FRANÇA); NO BRASIL DESDE 1942
RECEITA: R$ 45,52 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MURILO PARADA
A empresa chegou ao Brasil na década de 1940 com a aquisição da Comércio de Indústrias Brasileiras (Coinbra), uma das principais empresas de venda de café, produtos cítricos, oleaginosas e açúcar da época. Em 1974, iniciou a expansão do mercado de oleaginosas com a primeira fábrica para o processamento de soja no país, em Ponta Grossa (PR). Opera 60 unidades industriais e é uma das 10 maiores exportadoras do Brasil. Desde 2022, atua como comercializadora no mercado livre de energia a partir da biomassa da cana.

14 – MINERVA
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1957, EM BARRETOS (SP)
RECEITA: R$ 30,98 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FERNANDO GALETTI DE QUEIROZ
A Minerva Foods é líder em exportação de carne bovina na América do Sul. Em 2023, fez a maior transação comercial de sua história ao adquirir 16 plantas de abate e desossa da Marfrig por R$ 7,5 bilhões. Com a compra, ela reforça seu posicionamento em importantes estados de produção, como o Mato Grosso do Sul, e amplia sua presença em países exportadores, como Argentina e Uruguai, tornando-se o principal frigorífico na América do Sul e o segundo maior do Brasil, com capacidade de abate de 22.300 cabeças.

15 – YARA BRASIL FERTILIZANTES
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 1905 , OSLO, NA NORUEGA; NO BRASIL DESDE 2000
RECEITA: R$ 29,78 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MARCELO ALTIERI
A Yara é uma empresa líder no setor de fertilizantes no Brasil e globalmente. Ela atua na produção, comercialização e distribuição de fertilizantes, com ênfase em soluções inovadoras para a agricultura sustentável. A empresa oferece uma ampla gama de produtos, incluindo fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, além de serviços de consultoria agrícola. Em 2022, a companhia anunciou a construção de uma fábrica de demonstração de hidrogênio verde em uma unidade de produção de amônia na Noruega.

16 – COAMO
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1970, EM CAMPO MOURÃO (PR)
RECEITA: R$ 26,07 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: AIRTON GALINARI
Localizada no centro-oeste do Paraná, a Coamo tem 123 unidades de produção em 74 municípios nos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul. Elas recebem a produção agrícola de 31 mil produtores cooperados. O principal produto entregue é a soja, seguido por milho, trigo e café. Em 2022, mesmo frente aos problemas climáticos que afetaram a safra de verão e de trigo, a cooperativa entregou um faturamento positivo, com crescimento de 14% acima do registrado em 2021.

17 – C.VALE
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1963, EM PALOTINA (PR)
RECEITA: R$ 22,44 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ALFREDO LANG
A C.Vale, com sede em Palotina (PR), possui 215 unidades de negócios no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. Conta com 26 mil cooperados e 13.700 funcionários. É destaque na produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos. Também foca na sustentabilidade, implementando práticas ambientais responsáveis e participando de programas de preservação. Entre os planos de investimento recentes, está o aporte de R$ 1 bilhão na construção de uma esmagadora de soja.

18 – LAR COOPERATIVA
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1964, EM MISSAL (PR)
RECEITA: R$ 21,07 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: IRINEO DA COSTA RODRIGUES
Com 13 mil cooperados e 25.400 funcionários, a Lar é a terceira maior cooperativa do Paraná, reunindo produtores rurais e somando 78 unidades de negócios também em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A cooperativa reúne produtores de grãos como soja, milho e trigo, além de atuar na produção de carne de aves e suínos, ovos e leite. O grande destaque tem sido a aposta na formação e na capacitação de funcionários e cooperados com uma série de cursos da Lar Escola de Formação, inaugurada em 2022, e da Lar Universidade Corporativa, fundada em 2020.

19 – AURORA ALIMENTOS
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1969, EM CHAPECÓ (SP)
RECEITA: R$ 20,41 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: NEIVOR CANTON
A Aurora Alimentos nasceu da fusão de oito cooperativas catarinenses no fim da década de 1960 e é uma das líderes na produção de alimentos no Brasil, terceira maior indústria brasileira de carnes. Quatro marcas distribuem e comercializam um mix de mais de 850 produtos, com uma variedade de itens nas linhas de frango, suínos, industrializados, lácteos e massas. Atualmente, conta com 13 cooperativas filiadas e mais de 85 mil produtores associados.

20 – KLABIN
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1890, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 20,03 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: CRISTIANO CARDOSO TEIXEIRA
Com 22 fábricas no Brasil e uma na Argentina, a Klabin é a mais antiga fábrica de papel do país. Teve seu capital aberto em 1979 e em 1998 foi a primeira empresa brasileira a certificar o manejo florestal e de papel no Hemisfério Sul. A companhia produz 3,1 milhões de toneladas de papéis e 1,6 milhão de toneladas de celulose para o mercado, em uma área de 719 mil hectares, sendo que 42% do total são áreas de conservação. São 356 mil hectares de áreas produtivas. A Klabin planta, em média, 90 árvores por minuto.

21 – TEREOS
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1932, EMAISNE (FRANÇA); NO BRASIL DESDE 2002
RECEITA: R$ 18,36 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: PIERRE SANTOUL
A Tereos é um conglomerado cooperativo francês, ativo nos mercados de matérias-primas agrícolas processadas, em particular açúcar, etanol, amido e adoçante. Possui cerca de 50 fábricas em 13 países, incluindo Brasil, Índia, Indonésia, Quênia, Tanzânia, Bélgica e França, e emprega cerca de 20 mil pessoas. Iniciou suas atividades no Brasil com a aquisição da Açúcar Guarani, com unidades concentradas no interior paulista. É o segundo maior produtor de açúcar do país. O negócio de amido, também a partir de São Paulo, tem um portfólio de produtos derivados de milho e mandioca.

22 – COMIGO
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1975, EM RIO VERDE (GO)
RECEITA: R$ 15,32 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ANTONIO CHAVAGLIA
A Comigo está presente em 17 municípios em Goiás, com 43 unidades de negócios. Oferece serviços e soluções para seus cooperados nas áreas de produção de grãos, armazenagem, comercialização e industrialização de alimentos. Ela reúne 3.300 funcionários e 10.500 produtores para a colheita de grãos como soja, milho e sorgo. O destaque recente foi um investimento de cerca de R$ 1 bilhão em novas estruturas e em modernizações, como lojas agropecuárias e armazéns de grãos, além da instalação de uma fábrica de suplemento mineral.

23 – AGROGALAXY PARTICIPAÇÕES
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 2016, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 11,59 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: SHEILA ALBUQUERQUE
A AgroGalaxy está na lista das grandes plataformas de varejo do agronegócio brasileiro, atuando desde a produção de sementes, originação, armazenamento e comercialização de grãos até a prestação de serviços. A jovem empresa cresceu por meio de aquisições de plataformas eletrônicas e físicas de distribuição de insumos. Foram oito empresas adquiridas ao longo dos últimos anos. Tem uma estrutura de oito silos para armazenamento de grãos, 13 unidades de sementes e 167 lojas espalhadas pelo país.

24 – COCAMAR
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1963, EM MARINGÁ (PR)
RECEITA: R$ 10,32 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: DIVANIR HIGINO DA SILVA
A Cocamar completa 60 anos de história com cerca de 110 unidades nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Reúne 3.800 funcionários e cerca de 20 mil cooperados produtores de soja, milho, trigo, café, laranja e pecuária. A cooperativa tem um trabalho intenso para estimular, entre seus cooperados, as boas práticas e a preservação do meio ambiente, o que é feito com o incentivo à adoção da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e com a pecuária precoce, com o abate de bovinos de até 20 meses de idade.

25 – M. DIAS BRANCO
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1936, EM EUSÉBIO (CE)
RECEITA: R$ 10,13 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FRANCISCO IVENS DE SÁ DIAS BRANCO JÚNIOR
A fabricante de alimentos M. Dias Branco conquistou a marca histórica de R$ 10 bilhões de faturamento em 2022, aumentou seu Ebitda em patamares superiores ao ganho de receita e, mesmo depois de ir às compras, fechou o ano com um lucro líquido apenas 4,6% menor do que o do ano anterior. O resultado foi favorecido pelo aumento de 8,5% no volume de vendas, em especial de duas categorias: biscoitos e massas. A empresa é dona de marcas conhecidas, como Adria, Piraquê, Jasmine, Vitarella e Basilar.

26 – COOXUPÉ
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1932, EM GUAXUPÉ (MG)
RECEITA: R$ 10,11 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: CARLOS AUGUSTO RODRIGUES DE MELO
A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a mineira Cooxupé, conta com 18 mil cooperados. Destes, 13.300 entregaram café à cooperativa em 2022, sendo que 98,4% são da agricultura familiar. É a maior produtora e exportadora individual de café do mundo. Em 2022, recebeu 5 milhões de sacas de café e respondeu sozinha por 15% da produção nacional de café arábica. Fez exportações diretas de 5,2 milhões de sacas. Seus produtores estão em cerca de 200 municípios das regiões do sul e do Cerrado de Minas, além da região do Vale do Rio Pardo, em São Paulo.

27 – AGRÍCOLA ALVORADA
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 2002, EM PRIMAVERA DO LESTE (MT)
RECEITA: R$ 9,97 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JARBAS WEIS
A Alvorada nasceu com três modelos de negócio complementares: compra direta, troca e venda de insumos. Desde 2017, estabeleceu uma parceria com a Bunge Alimentos. Mantém 23 unidades no Vale do Araguaia e na porção sudeste de Mato Grosso. Possui capacidade estática de armazenagem de 1,94 milhão de toneladas, capacidade diária de transporte de 58 mil toneladas de produtos e de 86,5 mil toneladas de recebimento de produtos.

28 – BE8
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2005, EM PASSO FUNDO (RS)
RECEITA: R$ 9,60 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: E R AS M O C A R L O S
BATTISTELLA
A BSBios mudou seu nome para Be8, mas, com a produção de 889 mil metros cúbicos de biodiesel, manteve a liderança em volume produzido no país, com 14,24% do market share do setor. A companhia possui seis unidades espalhadas pelo Brasil, Chile e Paraguai. Além do diesel renovável, produz grãos e farelo de soja e glicerina. A unidade do Paraguai é estratégica para a produção de biocombustíveis avançados para atender a setores como a aviação civil e as indústrias química e petroquímica.

29 – COOPERCITRUS
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1976, EM BEBEDOURO (SP)
RECEITA: R$ 9,03 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FERNANDO DEGOBBI
A Coopercitrus possui 160 unidades de negócios, espalhadas por 65 municípios em São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Tem 39 mil cooperados e 3.200 funcionários. Atua com café, milho, soja e açúcar, além de produzir sementes, insumos e ração animal, bem como comercializar máquinas agrícolas e administrar lojas de conveniência, shoppings rurais e postos de combustíveis. Cada vez mais antenada à transformação digital no campo, a Coopercitrus vem colhendo resultados com a iniciativa Campo Digital, que em 2022 contou com 36 empresas parceiras dando assistência a cerca de 8 mil cooperados.

30 – CAMIL ALIMENTOS
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1963, EM ITAQUI (RS)
RECEITA: R$ 9,02 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: LUCIANO MAGGI QUARTIERO
Com meio século de atuação no mercado brasileiro, a Camil não é feita apenas de arroz e feijão. Ela atua no mercado de açúcar, pescados, massas e biscoitos, dona de marcas top of mind para o consumidor brasileiro e latino-americano, como Coqueiro, União e Santa Amélia, entre outras. Em 2022, intensificou sua estratégia de consolidação como plataforma de alimentos na América Latina com um mix potencial de crescimento e maior valor agregado, com produtos como o café. A empresa encerrou o ano com crescimento de 13,2% sobre o faturamento anterior.

31 – CARAMURU ALIMENTOS
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1964, EM MARINGÁ (PR)
RECEITA: R$ 8,63 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JÚLIO CÉSAR DA COSTA
A Caramuru é um dos principais grupos brasileiros no processamento de soja, milho, girassol e canola, além de ser líder no segmento de commodities diferenciadas e produtos não transgênicos (NGMO). Hoje sediada em Itumbiara (GO), está presente nos estados do Amapá, Pará, Paraná, Mato Grosso e São Paulo e conta com 2.400 funcionários. A companhia encerrou 2022 com geração recorde de mais de R$ 8 bilhões em receita líquida, crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior. Também atingiu um patamar mais alto com o Ebitda ajustado de R$ 639,2 milhões.

32 – INPASA BRASIL
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2007, EM NOVA ESPERANÇA, NO PARAGUAI;
NO BRASIL DESDE 2018
RECEITA: R$ 8,59 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JOSÉ ODVAR LOPES
Com a soma das cinco unidades, duas no Paraguai e três no Brasil, o grupo Inpasa é considerado o maior produtor de etanol de milho da América Latina. A produção anual é de 2,5 bilhões de litros desse combustível, 1,3 milhão de toneladas de DDGS (coproduto do etanol, oriundo da fermentação de grãos), 150 milhões litros de óleo de milho e 1.022 GWh de energia elétrica. No esforço de descarbonização de todos os processos, do campo ao consumidor, a companhia está investindo na eficiência do transporte em diversos modais de forma integrada.

33 – DEXCO
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1961, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 8,49 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ANTONIO JOAQUIM DE OLIVEIRA
A Dexco é a maior empresa do setor de construção civil no país. Embora conhecida pela forte atuação em louças e metais sanitários, é também uma grande gestora de florestas, com 140 mil hectares de eucalipto plantados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Detém o selo FSC® (Forest Stewardship Council®) para manejo florestal desde 1995, totalizando 28 anos de fomento e adoção de boas práticas para o alinhamento de resultados recordes à conservação da biodiversidade nas cinco unidades florestais que possui.

34 – UPL DO BRASIL
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 1969, EM MAHARDRASH (ÍNDIA); NO BRASIL DESDE 2012
RECEITA: R$ 8,48 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ROGÉRIO CASTRO
Fundada há cerca de cinco décadas como United Phosphorus Limited, a UPL está entre as quatro maiores companhias de produtos e soluções agrícolas sustentáveis do mundo. A empresa atua em 130 países e conta com cerca de 10 mil colaboradores. Seus produtos são voltados para soja, milho, cana-de-açúcar, arroz, café, citros, algodão e hortifrúti. A meta da empresa é rever a proporção entre produtos químicos e biológicos no portfólio, tornando a linha sustentável responsável por 50% do faturamento até 2027.

35 – COOPERALFA
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1967, EM CHAPECÓ (SC)
RECEITA: R$ 8,41 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ROMEO BET
A Cooperalfa conta com 22 mil produtores, 4 mil funcionários e está presente em 176 unidades de negócios em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Atua em lojas agropecuárias, silos, supermercados, granjas, centros de distribuição, indústrias processadoras, postos de combustíveis e distribuição de insumos. Ao completar 55 anos, em 2022, a cooperativa inaugurou o maior empreendimento de sua história: uma indústria de extração de óleo de soja com um aporte de R$ 300 milhões que triplicou sua capacidade de processamento.

36 – INTEGRADA COOPERATIVA
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1995, EM LONDRINA (PR)
RECEITA: R$ 8,32 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JORGE HASHIMOTO
Presente em 51 municípios, a Integrada conta com 12 mil cooperados e 2 mil funcionários. É atuante nos mercados de soja, milho, trigo, café, laranja, entre outras culturas. Possui 15 regionais e 65 unidades de recebimento nos estados do Paraná e de São Paulo. Em 2022, a cooperativa priorizou investimentos para ampliações e melhorias das estruturas de recebimento e armazenagem. Foram cerca de R$ 150 milhões em obras. A cooperativa também instalou 26 usinas solares, diversificando sua matriz energética.

37 – BELAGRÍCOLA
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1985, EM BELA VISTA DO PARAÍSO (PR)
RECEITA: R$ 8,17 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ALBERTO ARAÚJO
A Belagrícola evoluiu de uma revenda de produtos agrícolas para se tornar um dos maiores distribuidores de insumos agrícolas e comercializadores de grãos do Brasil. Atualmente, a companhia conta com 55 pontos de revenda, 75 unidades de recebimento de grãos, padronização e armazenagem com capacidade estática de estocagem de cerca de 1,4 milhão de toneladas. A companhia atende cerca de 8.500 produtores nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

38 – BP BUNGE BIOENERGIA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2019, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 7,94 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MARIO LINDENHAYN
Formada pela joint venture das operações de açúcar e etanol da petroleira britânica BP e da Bunge, a BP Bunge Bioenergia (origem holandesa) está entre as maiores do setor sucroenergético do país. Tem 11 unidades agroindustriais com capacidade de moagem de 32,4 milhões de toneladas de cana por safra, com presença em cinco estados (GO, MS, MG, SP e TO). Possui a capacidade de produção anual de 1,7 milhão de toneladas de açúcar, 1,7 milhão de metros cúbicos de etanol e 1.400 GWh de geração de energia para exportação.

39 – CIBRAFÉRTIL
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 1994, EM CAMAÇARI (BA)
RECEITA: R$ 7,79 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: SANTIAGO FRANCO
Fundada na Bahia pelo Grupo Paranapanema, a Cibrafértil, mais conhecida como Cibra, é controlada desde 2012 pelo grupo americano Omimex e pela mineradora britânica Anglo American. O Omimex opera nos segmentos de petróleo e gás nos EUA e no Canadá e de fertilizantes na América Latina. Além de uma fábrica de superfosfato simples em Camaçari, a Cibra tem nove unidades misturadoras para a elaboração do composto NPK nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Em 2022, lançou o CibraCoin, primeiro criptoativo vinculado a fertilizantes.

40 – LATICÍNIOS BELA VISTA/PIRACANJUBA
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1955, EM PIRACANJUBA (GO)
RECEITA: R$ 7,72 BILHÕES
PRINCIPAIS EXECUTIVOS: CESAR HELOU E MARCOS HELOU
A Laticínios Bela Vista, uma das três maiores indústrias de lácteos do país, é dona da marca Piracanjuba. O grupo opera com capacidade produtiva de 6 milhões de litros de leite por dia. Como parte da estratégia de crescimento, desde o início de 2023, a companhia deixou de ser uma sociedade limitada para se tornar uma sociedade anônima, de capital fechado. A mudança faz parte do processo de estruturação e profissionalização da companhia, que emprega 3.500 colaboradores diretos em sete unidades fabris e 12 postos de resfriamento.

41 – FS BIOENERGIA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2017, EM LUCAS DO RIO VERDE (MT)
RECEITA: R$ 7,55 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: RAFAEL DAVIDSOHN ABUD
A FS iniciou suas operações em junho de 2017, com capacidade de produzir 200 milhões de litros de etanol por ano. Atualmente, já são cerca de 1,5 bilhão de litros por ano, além de 50 mil toneladas de óleo de milho, 415 mil megawatts de energia elétrica e 1,2 bilhão de toneladas de DDGs, os ingredientes para nutrição animal. A meta para 2023 é chegar a 2 bilhões de litros de etanol e 1,7 milhão de toneladas de DDGs. A companhia possui três unidades em operação e mais três em projeto em Mato Grosso.

42 – ELDORADO BRASIL CELULOSE
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 2005, EM TRÊS LAGOAS (MS)
RECEITA: R$ 7,54 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: CARMINE DE SIERVI
A Eldorado produz celulose de eucalipto de alta qualidade e padrão global, utilizando a madeira colhida em florestas plantadas na porção sul de Mato Grosso do Sul e certificadas para abastecer 45 países em todos os continentes, sendo a Ásia o principal destino do produto. A produção é de 5 mil toneladas de celulose/dia, das quais 90% são direcionadas ao mercado externo. Em 2022, a empresa atingiu a marca de 16,5 milhões de toneladas de celulose produzidas nos últimos 10 anos, meta projetada somente para 2023.

43 – SLC AGRÍCOLA
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1977, EM HORIZONTINA (RS)
RECEITA: R$ 7,37 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: AURÉLIO PAVINATO
Nasceu em 1945 como uma pequena oficina de manutenção de ferramentas de agricultores no interior do Rio Grande do Sul. Em 1977, tornou-se a SLC Agrícola, hoje uma das maiores produtoras mundiais de algodão, soja e milho. Sediada na capital gaúcha, a companhia soma 22 unidades de produção em sete estados brasileiros, que totalizaram 674 mil hectares no ano safra 2022/23. No ano passado, a companhia aumentou de 11 para 13 o número de biofábricas destinadas à produção de defensivos naturais, os bioinsumos.

44 – FRÍSIA AGROINDUSTRIAL
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1925, EM CARAMBEÍ (PR)
RECEITA: R$ 7,06 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: RENATO GREIDANUS
A Frísia foi a primeira cooperativa de produção a se instalar no Paraná e a segunda de todo o Brasil. Possui 13 lojas e anualmente produz 1,3 milhão de litros de leite, 30,5 mil toneladas de carne suína e 75,7 mil toneladas de produção florestal. Reúne cerca de mil produtores cooperados e 1.200 funcionários no Paraná e Tocantins. O plano da empresa é investir R$ 1 bilhão até 2025, meta do projeto Rumo aos 100 Anos, em iniciativas de expansão em grãos, carnes e lácteos, mais os setores de apoio, como processamento, logística e serviços.

45 – CASTROLANDA
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1951, EM CASTRO (PR)
RECEITA: R$ 6,94 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: WILLEM BEREND BOUWMAN
Com quase 4 mil funcionários e 1.200 cooperados, a Castrolanda conta com unidades de negócios divididas em operações agrícola e industrial para carnes, leite e batata. O perfil dos produtores é variado, indo de grandes produções à agricultura familiar. A cooperativa inovou ao criar, ao lado de outras duas cooperativas paranaenses, a Frísia e a Capal, uma holding destinada a obter ganhos de escala. Unidas, as três organizações congregam mais de 5.200 cooperados que produzem para o mercado interno e já exportam para 25 países.

46 – 3TENTOS
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1995 , EM SANTA BÁRBARA DO SUL (RS)
RECEITA: R$ 6,89 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: LUIZ OSÓRIO DUMONCEL
A 3tentos é uma empresa de origem familiar criada em 1995 para vender sementes de trigo no Rio Grande do Sul. Atualmente, está na área de fertilizantes e defensivos agrícolas e é uma importante trading de milho e soja. Em 2022, faturou R$ 6,9 bilhões, resultado 29% superior em relação ao ano anterior. O Mato Grosso, mercado recém-aberto, representou 13% da receita líquida no segmento de insumos. A empresa abriu nove novas lojas, encerrando o ano com um total de 57 pontos comerciais. A área agricultável coberta pela 3tentos é de 9,1 milhões de hectares.

47 – SÃO MARTINHO
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1907, EM PRADÓPOLIS (SP)
RECEITA: R$ 6,63 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FÁBIO VENTURELLI
Controlado pela holding LJN Participações, da família Ometto, o grupo sucroalcooleiro é um gigante do setor . A empresa opera com quatro usinas e conta com 12.500 colaboradores e capacidade de moagem de cerca de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Desde 2021, a São Martinho é sócia-fundadora do Cubo Agro, o maior hub da América Latina para fomentar o desenvolvimento tecnológico de startups no agronegócio. Desde 2020, o grupo investiu R$ 700 milhões em um projeto greenfield de usina de etanol de milho em Quirinópolis (GO), que entrou em atividade neste ano.

48 – ALIANÇA AGRÍCOLA DO CERRADO
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1994, EM LUXEMBURGO; NO BRASIL DESDE 2009
RECEITA: R$ 6,62 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: DANILO JORGE
Pertence ao Grupo Sodrugestvo, que se consolida como a maior companhia agroindustrial na Rússia. A companhia no Brasil tem se destacado como referência no armazenamento e comércio de grãos, além de atuar de forma direta no esmagamento de soja para a produção de farelo e óleo. Conta com 17 filiais de trading de grãos, três fábricas de processamento de soja, cinco armazéns próprios e uma capacidade total de 432 mil toneladas, além de operação em oito portos e transbordos ferroviários.

49 – IHARA INDÚSTRIAS QUÍMICAS
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 1965, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 6,02 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JULIO BORGES GARCIA
A Iharabras Indústrias Químicas, mais conhecida como Ihara, é uma empresa brasileira com o quadro societário majoritário de sete empresas japonesas. Hoje sediada em Sorocaba (SP), atua com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para a proteção de cultivos e pastagens contra doenças, pragas e plantas daninhas. A companhia conta com um portfólio de fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais, somando mais de 80 produtos para a proteção de 100 tipos de cultivo.

50 – COTRIJAL
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1957, EM NÃO-ME-TOQUE (RS)
RECEITA: R$ 5,80 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: NEI CÉSAR MANICA
Com 17 mil cooperados e 2.500 funcionários, a Cotrijal atua em 53 municípios no Rio Grande do Sul na produção de grãos, como soja, milho, trigo, cevada e canola. São 79 unidades de recebimento de produtos do campo, além de unidade de beneficiamento de sementes, fábrica de rações, lojas agropecuárias, 16 supermercados e um atacado. No ano passado, foi incorporada a cooperativa Coagrisol, de Soledade (RS), com 200 produtores. O faturamento da Cotrijal foi recorde em 2022, com meta de chegar a uma receita de R$ 8,9 bilhões até 2025.

51 – FERTILIZANTES HERINGER
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 1968, EM MANHUAÇU (MG)
RECEITA: R$ 5,68 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: DALTON CARLOS HERINGER
A Heringer opera por meio de 14 unidades de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes. Tem seu capital aberto do Novo Mercado da B3 desde 2007. Em junho deste ano, comunicou a venda de 51,48% de suas ações ordinárias para a suíça Eurochem, uma das líderes globais de fertilizantes, com unidades de produção na Rússia, Bélgica, Cazaquistão e Lituânia. A Heringer foi fundada em 1968 em Minas Gerais, mas se estabeleceu e cresceu no Espírito Santo, chegando a operar 20 unidades de produção no país.

52 – FIAGRIL
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1987, EM LUCAS DO RIO VERDE (MT)
RECEITA: R$ 5,62 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: HENRIQUE ALEXANDRE MAZZARDO
A Fiagril é referência no fornecimento de insumos agrícolas, na assistência técnica ao agricultor, na originação de grãos e na produção de biodiesel. A companhia, que tem filiais nos estados de Mato Grosso, Tocantins, Rondônia e Pará, negocia com mais de 10 países, principalmente por meio de transações com a Ásia. Ela conta com oito armazéns próprios, com capacidade estática de 615 mil toneladas de grãos. Além disso, construída em 2007, a fábrica de biodiesel da Fiagril produz cerca de 202 mil metros cúbicos de biocombustível sustentável a partir do óleo de soja, algodão e milho.

53 – FRIMESA
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1977, EM FRANCISCO  BELTRÃO (PR)
RECEITA: R$ 4,81 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: VALTER VANZELLA
Com 10 mil funcionários e 3.100 produtores cooperados, a Frimesa atua nas cadeias de carne suína e de lácteos. É um exemplo de intercooperação de cinco cooperativas paranaenses: Copagril, Lar, C.Vale, Primato e Copacol. Conta com seis unidades fabris: três para o processamento de carne suína e três para a industrialização de derivados lácteos. Em 2025, o plano é atingir um faturamento de R$ 8 bilhões, com a meta de 3% de sobra líquida, que corresponde ao lucro das operações, devolvido aos cooperados. A atual sede é em Medianeira (PR).

54 – GRUPO LINCOLN JUNQUEIRA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1978, EM COLORADO (PR)
RECEITA: R$ 4,67 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JOSÉ FRANCISCO MALHEIRO JUNQUEIRA FIGUEIREDO
Também conhecido como Alto Alegre, o Grupo Lincoln Junqueira conta com duas plantas em São Paulo e três no Paraná. Tem capacidade para processar 17,5 milhões de toneladas de cana por safra e para produzir 17,6 milhões de sacas de açúcar cristal branco, 5,4 milhões de sacas de açúcar refinado amorfo, 10,6 milhões de sacas de açúcar VHP e 100 mil sacas de açúcar demerara. Também produz 420 milhões de litros de etanol carburante e tem capacidade para cogerar 700 gigawatts de energia a partir da biomassa.

55 – COPLACANA
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1948, EM PIRACICABA (SP)
RECEITA: R$ 4,62 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ARNALDO ANTONIO BORTOLETTO
A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo foi a primeira instituição de produtores do estado. Possui 35 filiais, com 27 em São Paulo e as demais em Minas Gerais, Paraná e Goiás, além de Mato Grosso do Sul, que recebeu investimentos para expandir os negócios em 2022 no Centro-Oeste. São 29 unidades que fornecem insumos agrícolas aos 10.400 cooperados. Também conta com três lojas concessionárias da Massey Ferguson, duas unidades de recebimento de grãos, uma unidade de confinamento e 45 silos parceiros, além de duas fábricas de ração.

56 – AGRO AMAZÔNIA
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1983, EM CUIABÁ (MT)
RECEITA: R$ 4,53 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ROBERTO MOTTA
É a distribuidora de insumos do grupo japonês Sumitomo, dono de cerca de 900 empresas em todo o mundo, e está a passos largos tornando-se uma das grandes companhias desse setor no país. Conta com 63 lojas em nove estados e estuda mais investimentos, como a abertura de outras lojas, além de um aporte na indústria de sementes. Em 2023, ano em que completa 40 anos no Brasil, a projeção da companhia é crescer 7,1% no faturamento. O carro-chefe das vendas é o glifosato, um dos principais herbicidas no mundo.

57 – AGROFEL
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1977, EM PALMEIRA DAS MISSÕES (RS)
RECEITA: R$ 4,48 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: RONALDO FERRARIN
Em 2023, a companhia completou 46 anos, com 53 unidades de atendimento, todas localizadas no Rio Grande do Sul. A empresa alcança cerca 15 mil agricultores no estado, com um portfólio de produtos como sementes, fertilizantes, itens de nutrição vegetal e defensivos agrícolas. Ela também é uma prestadora de serviços financeiros e assistência técnica, principalmente para produtores de grãos, como soja, milho e trigo. Entre os principais parceiros no fornecimento de produtos, estão ADM, Amaggi, Bunge, Cargill, CHS e LDC.

57 – DSM
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 1902 , EM HEERLEN (HOLANDA);
NO BRASIL DESDE 1984
RECEITA: R$ 4,48 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MAURICIO ADADE
A dona da marca Tortuga, uma das mais importantes em suplementos nutricionais para gado de corte e leite, equídeos e pequenos ruminantes, fundiu-se com a suíça Firmenich, que desenvolve e produz fragrâncias para a indústria de perfumes, e passou a se chamar DSM-Firmenich. Juntas, criaram uma empresa que fatura mais de 12 bilhões de euros por ano. Em 2022, de olho na transformação digital da pecuária, a companhia adquiriu a Prodap, empresa mineira de gestão e tecnologia de dados com grande presença nos confinamentos bovinos.

59 – CITROSUCO
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1963, EM MATÃO (SP)
RECEITA: R$ 4,19 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MARCELO ABUD
A subsidiária do Grupo Votorantim é a maior exportadora de suco de laranja no mundo. Detém 20% de participação no mercado global, sendo que 40% de todo o suco de laranja produzido é exportado pelo Brasil. Possui seis escritórios globais, além de Brasil: EUA, Áustria, Austrália, Bélgica, Japão e China. São quatro fábricas de suco, sendo que a de Matão (SP) é a maior planta de processamento de suco de laranja do mundo. Nos últimos anos, o grupo vem passando por um acelerado processo de digitalização das lavouras para a conexão total de suas 25 fazendas.

60 – ALVOAR LÁCTEOS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 2022, EM FORTALEZA (CE)
RECEITA: R$ 4,09 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: BRUNO GIRÃO
A empresa se firma como a quinta maior indústria de laticínios do Brasil. Ela é o resultado da sociedade entre a cearense Betânia Lácteos (fundada em 1971), a mineira Embaré (1935) e o apoio do fundo de private equity Arlon. No fim de 2022, operava com cerca de 6 mil produtores de leite, captando de 3 milhões de litros processados por dia nas nove fábricas. Entre os produtos lácteos, exporta caramelos para cerca de 30 países. Neste ano, anunciou investimentos da ordem de R$ 100 milhões em centros de distribuição e no aumento da capacidade fabril.

61 – MÁQUINAS AGRÍCOLAS JACTO
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1948, EM POMPEIA (SP)
RECEITA: R$ 4,03 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FERNANDO GONÇALVES NETO
Presente em cerca de 100 países, a companhia nasceu de um sonho do imigrante japonês Shunji Nishimura. De uma pequena oficina de consertos, o empreendedor lançou um produto próprio: um pulverizador. Foi o embrião da Jacto, que hoje fabrica pulverizadores, plantadeiras e colheitadeiras para as culturas de soja, milho, cana e café, com foco na transformação digital do agro. Em 2021, iniciou investimentos em uma nova fábrica – a fase de testes está em andamento, com previsão de início das operações para 2024.

62 – AGRIBRASIL GLOBAL MARKETS
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 2016, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 3,99 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FREDERICO HUMBERG
Criada em 2016 por Frederico Humberg, ex-CEO da Gavilon do Brasil, a Agribrasil é uma exportadora de grãos de capital nacional. A empresa origina soja e milho, transgênicos e não transgênicos, diretamente de cooperativas, revendas e grandes produtores no interior do país. Além da matriz em São Paulo, possui filiais em Mato Grosso, Paraná, Bahia, Pará, Goiás e Rio Grande do Sul. A empresa conta com uma subsidiária integral na Suíça, responsável por viabilizar vendas diretas ao mercado externo.

63 – PRIMA FOODS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1949, EM ARAGUARI (MG)
RECEITA: R$ 3,80 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JOSÉ AUGUSTO
DE CARVALHO JUNIOR
A companhia, antes chamada de Mataboi Alimentos, é um dos frigoríficos mais tradicionais no abate de bovinos e no comércio de carnes do país. Em 2014, ela passou a fazer parte da JBJ Investimentos, controlada pelo empresário José Batista Júnior, o filho mais velho de José Batista Sobrinho, fundador da JBS (o negócio foi de fato concluído em 2021). A Prima Foods conta com 2.500 colaboradores, 2 mil pecuaristas parceiros e exporta para cerca de 100 países. No mercado varejista, é dona das marcas de carne Di Prima e Mataboi.

64 – USINA CORURIPE
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1925, EM CORURIPE (AL)
RECEITA: R$ 3,66 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MARIO LUIZ LORENCATTO
É uma das 10 maiores do país no setor. Controlada pelo grupo Tércio Wanderley, conta com 8.200 funcionários em cinco unidades nos estados de Alagoas e Minas Gerais. A capacidade de moagem é de 15 milhões de toneladas de cana, com potencial para 500 milhões de litros de etanol, 20 milhões de sacas de açúcar e 700 mil MWh de energia elétrica, o que pode abastecer uma cidade de 580 mil habitantes por mês. Em Minas, há investimentos de R$ 200 milhões para aumentar a capacidade no estado, além da compra de uma usina no Paraná, que deve entrar em atividade em 2024.

65  – FRIGOL
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1992, EM LENÇÓIS PAULISTA (SP)
RECEITA: R$ 3,57 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: EDUARDO MIRON
É a quarta maior companhia de carne bovina do país, atrás de JBS, Marfrig e Minerva. Fundada pela família Gonzaga Oliveira, a Frigol possui quatro unidades nos estados de São Paulo e Pará. Exporta para cerca de 60 países, mas o destaque dos últimos anos são os embarques para a China, a grande responsável pelos aumentos consecutivos no faturamento da companhia. Outro cliente importante é Israel. Em 2022, a companhia também conquistou novas habilitações para exportar para o Canadá, sua primeira autorização para exportar para a América do Norte.

66 – PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ORLÂNDIA
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1944, EM ORLÂNDIA (SP)
RECEITA: R$ 3,48 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: EDUARDO DEFINE
Conhecida como Brejeiro, a empresa foi fundada por Max Leonardo Define, imigrante italiano. Inicialmente, processava algodão e arroz a granel como uma marca para o varejo. A companhia permanece sob controle familiar, sendo pioneira na embalagem de arroz, expandindo depois para soja, com farinha do grão para a indústria alimentícia, e ingressando no mercado de energia. Desde 2011, também atua na comercialização de biodiesel, contando com três unidades de esmagamento de soja, três de beneficiamento de sementes, duas de arroz e dez armazéns.

67 – GTFOODS
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1992, EM INDIANÓPOLIS (PR)
RECEITA: R$ 3,45 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: RAFAEL TORTOLA
A empresa Gonçalves & Tortola S.A., hoje GTFoods, foi fundada por José Borges, Rogério Gonçalves e Ciliomar Tortola. Mantém 33 unidades, atuando na avicultura de corte. Suas atividades incluem recebimento de cereais, produção de ração, avicultura, abate de aves, comercialização de produtos avícolas, importação, exportação, alimentos prontos, distribuição de combustíveis, transporte, embalagens e indústria de féculas. Em 2022, anunciou sua entrada na piscicultura ao assumir uma operação de abate de tilápias em Mandaguaçu (PR).

68 – AÇUCAREIRA QUATÁ
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1946, EM MACATUBA (SP)
RECEITA: R$ 3,41 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FABIANO JOSÉ ZILLO
Também conhecida como Zilor, processa cana-de-açúcar para produzir açúcar, etanol e energia elétrica de biomassa. Opera em três unidades em São Paulo e é uma das acionistas da Copersucar, líder brasileira em açúcar e etanol. Na safra 2021/22, processou 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com produção de 468 mil metros cúbicos de etanol, 662 mil toneladas de açúcar, exportação de 477 mil MWh/ano de energia elétrica e 41 mil toneladas de ingredientes naturais por meio da Biorigin, uma das unidades de negócio.

69 – PLENA ALIMENTOS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1989, EM PARÁ DE MINAS (MG)
RECEITA: R$ 3,16 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: CLAUDIO NEY MAIA
Com mais de 30 anos no setor frigorífico, a Plena Alimentos é uma das maiores indústrias de Minas Gerais. Opera atualmente três unidades de abate de bovinos, duas unidades de processamento de carne e centros de distribuição em Minas, Tocantins e Goiás. Exporta para cerca de 50 países, com ênfase nos mercados da Ásia, Oriente Médio e norte da África. A Plena faz parte do Grupo CDM, dono da Agropecuária Grande Lago, um dos maiores confinamentos do país, com unidades em Jussara (GO) e Igaratinga (MG). A capacidade de abate é de 180 mil bois por ano.

70 – ARAUCO DO BRASIL
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1979, EM SANTIAGO (CHILE); NO BRASIL DESDE 2007
RECEITA: R$ 3,11 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: CARLOS ALTIMIRAS
A Arauco foi criada há mais de 40 anos no Chile, produzindo recursos florestais renováveis. É uma das gigantes globais de celulose e madeira, com 1 milhão de hectares de florestas, dos quais 110 mil hectares estão no Brasil. É a única no país a produzir e a comercializar seus painéis de MDF e MDP com certificação CARB2 (California Air Resources Board), norma internacional de emissões atmosféricas. Em 2022, anunciou o investimento de R$ 15 bilhões no projeto Sucuriú para instalar uma fábrica de celulose de eucalipto no município de Inocência (MS).

71 – ADECOAGRO VALE DO IVINHEMA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2002 , NA ARGENTINA; NO BRASIL DESDE 2004
RECEITA: R$ 3,09 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: MARIANO BOSCH
É uma empresa ativa na Argentina, no Brasil e no Uruguai, com capacidade anual de moagem de cana-de-açúcar de 14 milhões de toneladas. A operação brasileira, Vale do Ivinhema S.A., representa cerca de 45% da receita bruta. Suas usinas têm flexibilidade na produção de açúcar e etanol, principalmente a partir de cana própria, equivalente a 98% da demanda. Além de açúcar e etanol, ela também investe em grãos, arroz, amendoim e produtos lácteos. Em 2022, comprou a Methanum para entrar no negócio de biometano, com previsão de um novo investimento de R$ 15 milhões para aumentar a produção.

71 – DELTA SUCROENERGIA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1953, EM DELTA (MG)
RECEITA: R$ 3,09 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ROBERT CARLOS LYRA
A Delta, controlada pela família Lyra, produz açúcar para os mercados interno e externo, etanol e energia elétrica a partir do bagaço de cana em uma área de 160 mil hectares. O grupo, que controla três usinas no Triângulo Mineiro, processou 10,1 milhões de toneladas na safra 2022/23. A capacidade de produção é de 1,08 milhão de litros de etanol anidro e 1,8 milhão de hidratado diariamente. A empresa também está em processo para obter a certificação Bonsucro, instrumento de rastreabilidade de toda cadeia de suprimentos, da fazenda ao consumidor final.

73 – USINA DA PEDRA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1931, EM CRAVINHOS (SP)
RECEITA: R$ 3,07 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: PEDRO BIAGI NETO
A Pedra atua no setor sucroenergético com quatro unidades produtoras de cana em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Ela é associada à Copersucar, principal cooperativa exportadora de açúcar do Brasil. Na safra 2022/23, a moagem de cana foi de 10,6 milhões de toneladas, com 670 mil metros cúbicos de etanol, 350 mil toneladas de açúcar e a geração de energia de 584.955 MWh. Em construção no Mato Grosso do Sul, uma nova unidade deve entrar em operação em 2024, com capacidade para moer de 2 a 3 milhões de toneladas por safra nos próximos cinco anos.

74 – BERNECK PAINÉIS E SERRADOS
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1952, EM BITURUNA (PR)
RECEITA: R$ 3,04 BILHÕES
PRINCIPAIS EXECUTIVOS: DANIEL BERNECK
GRAÇA BERNECK GNOATTO
Especializada em painéis e serrados, a Berneck, com 70 anos de mercado, atua no setor de florestas plantadas. A divisão florestal tem 170 mil hectares destinados ao cultivo de pinus no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Desse total de florestas, 88 mil hectares são constituídos por áreas de reserva legal e preservação permanente. Em 2022, recebeu o aval ambiental para operar uma indústria em Lages (SC), um investimento da ordem de R$ 1,6 bilhão. Também está investindo R$ 600 milhões para aumentar a capacidade da fábrica de Curitibanos (SC).

75 – SÃO SALVADOR ALIMENTOS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1973, EM ITABERAÍ (GO)
RECEITA: R$ 3,04 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: HUGO PERILLO
A processadora de frango é uma das principais produtoras de carne no Brasil, com exportação para 75 países e vendas ao mercado interno. Possui dois complexos produtivos em Goiás, em Itaberaí e Nova Veneza, com capacidade diária de abate de cerca de 520 mil aves. Suas marcas principais incluem SuperFrango, Boua e Mercado Sabor. Finalizada a construção de uma processadora em 2022 para salsichas, mortadelas, linguiças e empanados, a unidade em Itaberaí recebeu investimentos de R$ 170 milhões e começou a operar neste ano. Está previsto o aporte de outros R$ 50 milhões.

76 – VIGOR ALIMENTOS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1917, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 3,04 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: CESAR DE LOS SANTOS
Produz iogurte grego, queijo parmesão ralado e requeijão cremoso. Dona de marcas como Vigor, Danúbio, Faixa Azul, Jong, Amélia, Carmelita e Leco, figura como uma das quatro principais marcas de laticínios do Brasil. Com um século de história, já passou por alguns grupos controladores. Em outubro de 2017, o Grupo Lala, do México, adquiriu a empresa da J&F, marcando sua entrada no mercado brasileiro de laticínios. Em setembro de 2014, a Vigor adquiriu 50% da empresa paulista de laticínios Danúbio, uma joint venture com a companhia europeia ArlaFoods.

77 – NORTOX
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 1954, EM ARAPONGAS (PR)
RECEITA: R$ 2,95 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JOÃO MARCOS FERRARI
A Nortox iniciou sua operação como uma indústria de inseticidas para controlar pragas do café e expandiu sua produção para os herbicidas. Com unidades em Arapongas (PR) e Rondonópolis (MT), possui capacidade produtiva de 90 milhões de litros/ano. Segundo a companhia, ela planeja expansão na América Latina, focando em países vizinhos. Na área ambiental, desde 2019 é parceira da Coopercitrus no projeto Olho D’Água, destinado à recuperação de nascentes de rios em propriedades rurais. A marca tem um forte trabalho com cooperativas, entre elas também a Copercana.

78 – J. MACÊDO
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1939, EM FORTALEZA (CE)
RECEITA: R$ 2,91 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: IRINEU PEDROLLO
A J. Macêdo começou seus trabalhos como uma pequena empresa de representação comercial de autopeças. Iniciou suas atividades no setor de alimentos em 1950, com as primeiras importações de trigo dos Estados Unidos. Atualmente, é líder do setor de farinhas de trigo domésticas e de misturas para bolos, detentora das marcas Dona Benta, Sol e Petybon. Tem oito unidades industriais no país e anunciou investimentos da ordem de R$ 640 milhões para a construção de um complexo industrial em Londrina (PR), onde fica um de seus cinco moinhos. Está previsto para 2024 o início das operações.

79  – FAZENDÃO AGRONEGÓCIO
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 2004, EM CARIRI (TO)
RECEITA: R$ 2,84 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: VOLNEY AQUINO SANTOS
Com sede atual em Palmas, era inicialmente uma pequena loja que evoluiu para uma grande indústria focada na soja. Ela recebe, armazena, industrializa e agrega valor aos grãos. Começou suas operações em 2004 e atualmente esmaga 650 mil toneladas da oleaginosa por ano, além de comercializar 250 mil toneladas. Também tem capacidade para armazenar outras 210 mil toneladas do grão. Visando a sua expansão, em 2022 adquiriu terrenos para a construção de um porto seco em Gurupi (TO) e de uma indústria em Porto Nacional (TO).

80 – ANGELINA COLOMBO PARTICIPAÇÕES
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2019, EM ARIRANHA (SP)
RECEITA: R$ 2,72 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ANDERSON ROBERTO  TRAVAGINI
A Angelina Colombo é uma holding que controla as empresas Colombo Agroindústria S.A., fundada em 1940, e João Colombo Agrícola S.A. A primeira tem três usinas de cana no interior paulista que produzem etanol hidratado, açúcar cristal, refinado e demerara, com as marcas Colombo e Caravelas, além de energia em quatro unidades da Colombo Bioenergia; na safra 2022/23, processou 8,7 milhões de toneladas de cana, 16% acima da safra anterior. A segunda é o braço financeiro da companhia.

81 – EUCATEX IND. COMÉRCIO
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1951, EM SÃO PAULO (SP)
RECEITA: R$ 2,51 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: FLÁVIO MALUF
A Eucatex foi pioneira no país ao considerar o conforto acústico, utilizando o eucalipto como matéria-prima para fibras, chapas e painéis, com unidades industriais para cada setor. Seu início remonta à Serraria Americana, estabelecida em 1923 em São Paulo. Tem duas unidades florestais. Na produção de eucalipto desde a década de 1970, a empresa investe no melhoramento genético e na produção de mudas de clones de eucalipto. Atua também na indústria moveleira e de revenda, que corresponde a 46% do faturamento, e na construção civil, que representa 38% da receita total.

82 – CERRADINHO BIOENERGIA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1973, EM CATANDUVA (SP)
RECEITA: R$ 2,48 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: PAULO OLIVEIRA MOTTA JÚNIOR
Na safra 2022/23, a Cerradinho moeu 5,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e 566 mil toneladas de milho, 4,3% a mais do cereal em relação ao ciclo anterior. A produção de etanol foi de 678 milhões de litros, um incremento de 0,5%. A empresa vem investindo para ampliar a capacidade de moagem e processamento do grão. Em 2022, concluiu a expansão de sua planta de etanol de milho em Chapadão do Céu (GO) por meio da subsidiária Neomille. A produção passou de 570 mil toneladas para 860 mil toneladas a partir de investimentos de R$ 286,8 milhões.

83 – BARRA MANSA CARNES
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1887, EM SERTÃOZINHO (SP)
RECEITA: R$ 2,46 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: DIRCEU ORANGES JÚNIOR
Na quinta geração, a companhia tem capacidade para processar 140 animais por hora. Suas instalações incluem estocagem para mil toneladas de produtos refrigerados, 1.200 toneladas de congelados e câmaras separadas, além de currais para 1.100 bovinos. A empresa está alterando sua estratégia de aquisição de gado para melhorar o controle da origem e da qualidade dos bois. Também planeja operar um confinamento próprio até 2024, com projeção de cerca de 30 mil animais por ano, representando mais de 10% dos 280 mil bovinos programados para os abates de 2023.

84 – FRISA FRIGORÍFICO RIO DOCE
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1968, EM COLATINA (ES)
RECEITA: R$ 2,45 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ARTHUR ARPINI COUTINHO
A Frisa tem unidades em Colatina (ES), Nanuque (MG), Teixeira de Freitas (BA) e Niterói (RJ). Sua capacidade de abate é de 1.600 bovinos por dia, com processamento de cerca de 100 cortes destinados ao varejo e food services. Pioneira na exportação de carne bovina no país, começou nos anos 1970 com envios para a Grécia – hoje os clientes estão em cerca de 60 países. De olho no mercado chinês, no início de 2023 a empresa anunciou investimentos da ordem de R$ 20 milhões até 2025 para ampliar a capacidade da unidade de Colatina.

85 – COOPERTRADIÇÃO
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 2003, EM PATO BRANCO (PR)
RECEITA: R$ 2,43 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: JULINHO TONUS
A cooperativa, fundada por 25 produtores rurais com especialização na produção de sementes de soja, milho, trigo, cevada e feijão, hoje conta com 2 mil cooperados. Em 2022, os investimentos foram direcionados para a manutenção da estrutura – na assembleia de cooperados, os produtores decidiram, para 2023, iniciar as obras da primeira etapa de um complexo industrial em Pato Branco destinado ao esmagamento de soja. A primeira etapa deve receber cerca de R$ 55 milhões negociados com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

86 – SJC BIOENERGIA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2011, EM QUIRINÓPOLIS (GO)
RECEITA: R$ 2,36 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ABEL DE MIRANDA UCHÔA
A SJC Bioenergia, uma joint venture entre Cargill Brasil e NK 152 Participações, produz açúcar bruto, etanol, eletricidade, fibras, proteína e óleo vegetal. Sua capacidade de processamento de cana cresceu de 1,3 milhão para 9 milhões de toneladas por safra. No início do ciclo 2022/23, fez investimentos para aumentar o processamento de milho para 700 mil toneladas/ano, além de investir na produção de etanol e de coprodutos de proteína para nutrição animal, como DDG, FlexyPro e óleo. No início de 2023, a companhia obteve a certificação Halal para açúcar VHP e óleo de milho, que podem ser exportados para os mercados muçulmanos.

87 – GRUPO FARTURA
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1979, EM BELO HORIZONTE (MG)
RECEITA: R$ 2,33 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ALEX ALVES DOS SANTOS BRITO
Fundada por Carlos e Raimundo Alves como um sacolão com preços únicos, a empresa, dona da rede Oba, agora é uma varejista especializada em produtos perecíveis frescos. São cerca de 70 lojas em São Paulo, Goiás e no Distrito Federal, além de dois centros de distribuição. Há 34 marcas próprias de alimentos e 1.380 fornecedores diretos, a grande maioria pequenos produtores rurais. Também possui um frigorífico em Campinas (SP), para o abate e o processamento de carne de bovinos e suínos, com capacidade de 81 toneladas e 23 toneladas diárias, respectivamente.

88 – PARANÁ EQUIPAMENTOS
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1946, EM ITAIPULÂNDIA (PR)
RECEITA: R$ 2,32 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: ROGERIO MACEDO BORIO
A Pesa (Paraná Equipamentos S.A.), originalmente Sociedade Meridional de Materiais e Equipamentos, foi fundada pelo trio Leonidas Lopes Borio, Olavo Borio e Carlos Macedo. Em 1952, tornou-se revendedora Caterpillar no Paraná, expandindo para Santa Catarina e Rio Grande do Sul em 1993. Atualmente, faz parte do Grupo Sinergias, que engloba várias marcas, como Pesa Energia, Hyster, Stara, Supertek e Curipeças. O grupo atende diversos setores, incluindo mineração, construção, energia e florestal.

89 – BEM BRASIL ALIMENTOS
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 2006, EM ARAXÁ (MG)
RECEITA: R$ 2,30 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: DÊNIO OLIVEIRA
É uma das maiores indústrias de batatas pré-fritas congeladas, com fábricas em Perdizes (MG) e Araxá (MG). Juntas, podem processar 900 mil toneladas de batatas in natura por ano e 380 mil toneladas de batatas congeladas. Detém 50% do mercado nacional, segundo a Estatexport. Em 2022, depois de um investimento de R$ 1 bilhão na sua quarta linha de produção na unidade mineira, ela começou a acelerar a produção. Hoje tem 10% do volume processado exportado, e a meta é aumentar essa fatia.

90 – JOAQUIM OLIVEIRA PARTICIPAÇÕES
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1922, EM PELOTAS (RS)
RECEITA: R$ 2,27 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: LUCIANO ADURES DE OLIVEIRA
A Josapar concentra seus negócios na produção e na venda de alimentos, como arroz, feijão, refeições semipreparadas, leite em pó com proteína de soja e fertilizantes. É uma das maiores processadoras de arroz, dona das marcas Tio João e Tio Mingote e dos produtos de soja Suprasoy. Possui cinco unidades industriais no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná e Goiás. Embora o foco seja o mercado interno, em 2022 exportou R$ 176 milhões, equivalentes a 8% da receita total e 12% acima das vendas de 2021.

91 – COOPERATIVA AGRÍCOLA MISTA DE ADAMANTINA
SETOR: COOPERATIVAS
FUNDAÇÃO: 1965, EM ADAMANTINA (SP)
RECEITA: R$ 2,18 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: OSVALDO KUNIO MATSUDA
A Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina (Camda) foi criada para fortalecer a comercialização da produção e a aquisição de insumos, mudas, sementes e de outros produtos necessários ao plantio e à colheita. Atualmente, possui 63 unidades, entre lojas, fábricas de suplementos e ração animal e outros negócios, com um quadro de 26,6 mil produtores rurais cooperados. Além de presente em São Paulo, ela está em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Paraná. Em 2022, os investimentos foram de R$ 33,2 milhões, para a construção de silos e a melhoria de estruturas.

91  – CIA. MINEIRA AÇÚCAR E ÁLCOOL
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2005, EM UBERABA (MG)
RECEITA: R$ 2,17 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: CARLOS EDUARDO TURCHETTO SANTOS
A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) produz etanol, açúcar bruto e bioeletricidade em Minas Gerais. Fundada em 2006 pelo Grupo JF Citrus, a empresa possui três usinas no Triângulo Mineiro. Na safra 2022/23, a moagem foi de 8,47 milhões de toneladas, alta de 6,8% em relação à anterior, para uma capacidade instalada de 9,7 milhões de toneladas. Em 2022, investiu na implantação de um centro de serviços compartilhados. A companhia faz parte da Bonsucro, associação global de múltiplos stakeholders voltada à definição de padrões de produção e a programas de certificação.

93 – PAMPLONA ALIMENTOS
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1948, EM AGRONÔMICA (SC)
RECEITA: R$ 1,92 BILHÃO
PRINCIPAL EXECUTIVO: IRANI PAMPLONA PETERS
Fundada por Lauro e Ana Pamplona e denominada Açougue Riosulense de carne bovina, mais tarde a empresa passou a ser fornecedora de carne suína. Tornou-se um frigorífico, controlando também granjas e fábricas de ração. Atualmente, a companhia está presente em 26 estados e exporta cortes suínos para países como Japão, Coreia, Chile, Canadá e México. Com investimentos da ordem de R$ 77 milhões já consolidados, em 2023 começou sua modernização no conceito de indústria 4.0, já com o uso de robôs em algumas operações. A meta é entrar em novos países, como os Estados Unidos.

94 – USINA ALTA MOGIANA
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1983, EM SÃO JOAQUIM DA BARRA (SP)
RECEITA: R$ 1,87 BILHÃO
PRINCIPAL EXECUTIVO: LUIZ GUSTAVO JUNQUEIRA FIGUEIREDO
Tem capacidade para moer 6,7 milhões de toneladas de cana, produzir cerca de 10,5 milhões de sacas de açúcar, 240 milhões de litros de etanol e 250 mil MWh de energia cogerada. Em 2023, a Alta Mogiana completou 40 anos, atingindo 6 milhões de toneladas de cana processadas. Também atua no mercado de soja, plantada como uma cultura de rotação com a cana-de-açúcar. Nesta safra, a estimativa é colher 260 mil sacas. O objetivo é melhorar a produtividade da terra, elevando a moagem de cana para 8,5 milhões de toneladas.

95 – BOA SAFRA SEMENTES
SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS
FUNDAÇÃO: 2009, EM FORMOSA (GO)
RECEITA: R$ 1,77 BILHÃO
PRINCIPAL EXECUTIVO: MARINO STEFANI COLPO
A Boa Safra Sementes opera em 500 pontos de venda no país, com presença em 70% dos estados produtores de soja, oferecendo sementes da oleaginosa. Em abril de 2021, a empresa ingressou na bolsa de valores, tornando-se a 190ª empresa listada no Novo Mercado. Além das sementes de soja, agora a Boa Safra expande seus negócios para o mercado de sementes de feijão. Investiu cerca de R$ 45 milhões em 2022 e um total de R$ 107 milhões em 2023 para ampliar a capacidade instalada de produção de sementes de soja.

96 – INDÚSTRIA CANAÃ
AÇÚCAR E ÁLCOOL
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 1980, EM PARAGUAÇU PAULISTA (SP)
RECEITA: R$ 1,71 BILHÃO
PRINCIPAL EXECUTIVO: LUIZ GUSTAVO SCARTEZINI RODRIGUES
Além dos dois produtos que leva no nome, a Cocal produz energia elétrica, biogás, CO2 verde e levedura a partir da cana-de-açúcar. Com 142 mil hectares, processa 8,7 milhões de toneladas de cana por safra, com capacidade para 720 mil toneladas de açúcar, 33 milhões de metros cúbicos de biogás, 400 milhões de litros de etanol e 6.500 toneladas de levedura. Exporta 470 mil MWh de energia elétrica e gera 35 mil MWh de energia distribuída a partir de duas usinas, uma em Paraguaçu Paulista e outra em Narandiba, ambas no estado de São Paulo.

97 – PASTIFÍCIO SELMI
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1887, EM CAMPINAS (SP)
RECEITA: R$ 1,70 BILHÃO
PRINCIPAL EXECUTIVO: RICARDO OLIVEIRA SELMI
O Pastifício Selmi é uma empresa que completou 136 anos de história. Processa massas, biscoitos, farinhas, bolos, misturas para bolos, azeite e queijo ralado. Fundada pelo imigrante italiano Adolpho Selmi, suas marcas incluem Renata, Galo e Todeschini, com fábricas em Sumaré (SP) e Rolândia (PR), além de um moinho próprio. Em 2022, abriu captação de R$ 200 milhões em uma oferta pública de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) com vencimento em seis anos, visando a investimentos de expansão e consolidação.

98 – IRANI PAPEL E EMBALAGEM
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1941, EM VARGEM BONITA (SC)
RECEITA: R$ 1,69 BILHÕES
PRINCIPAL EXECUTIVO: SÉRGIO LUIZ COTRIM RIBAS
A empresa é uma das principais produtoras de papel para embalagens e papelão ondulado no país, com nove unidades. Utiliza recursos de base florestal renovável e produz embalagens 100% recicláveis. São 30 mil hectares, dos quais 16 mil são florestas de pinus. Em 2023, investiu aproximadamente R$ 1,4 milhão na growPack, startup que desenvolve embalagens sustentáveis a partir de resíduos agrícolas, como a palha do milho. Em Santa Catarina, também finalizou investimentos da ordem de R$ 1 bilhão em duas unidades.

99 – GUARARAPES PAINÉIS
SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1984, EM PALMAS (PR)
RECEITA: R$ 1,60 BILHÃO
PRINCIPAL EXECUTIVO: RICARDO PEDROSO
São três fábricas para a produção de painéis e compensados, duas no estado de Santa Catarina e uma no Paraná, que respondem por 70% do cultivo de pinus do país. A unidade de Caçador (SC), que começou a operar no início de 2023, foi um investimento de R$ 1 bilhão. A produção é majoritariamente destinada à exportação. No ano passado, foram 570 mil metros cúbicos de MDF (Medium Density Fiberboard) e 283 mil metros cúbicos de compensados. Ela conta com a certificação FSC (Forest Stewardship Council), selo para produtos que provêm de manejo florestal responsável.

100 – MAQCAMPO SOLUÇÕES AGRÍCOLAS
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1997, EM BRASÍLIA (DF)
RECEITA: R$ 1,58 BILHÃO
PRINCIPAL EXECUTIVO: JOSÉ AUGUSTO ARAÚJO
A empresa, que nasceu como concessionária da multinacional norte-americana John Deere no Distrito Federal, hoje é uma rede de venda de máquinas agrícolas e equipamentos, serviços de campo e operações financeiras no Centro-Oeste. Atualmente, são 20 lojas que cobrem uma área de cerca de 3,6 milhões de hectares. Em 2022, a companhia chegou a 22 certificações internas concedidas pela John Deere, sendo que uma delas foi para a primeira mulher na companhia. Com isso, a Maqcampo é a concessionária com o maior número de certificações no mundo.

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