A 46ª Expointer também é palco de discussões sobre a agricultura de baixo carbono. O governo do Estado promoveu, nesta terça-feira (29/8), um painel sobre estratégias de financiamento que estão à disposição dos produtores rurais para a adoção de tecnologias sustentáveis.
O painel, que ocorreu no auditório do estande do governo do Estado no Pavilhão Internacional, foi organizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e pelo Banrisul. Tendo como mediador o engenheiro florestal Jackson Brilhante, da Seapi, o debate contou com a participação de Anoar Tomazzi, gerente da Unidade de Negócios Rurais do Banrisul, e Célio Colle, engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater/RS-Ascar).
Durante o painel, os palestrantes falaram sobre as linhas de crédito disponíveis para fomentar essas práticas, a exemplo do RenovAgro, Proirriga e Pronaf Bioeconomia. Eles explicaram que tipo de projetos podem ser financiados e como os produtores devem desenvolvê-los. As discussões incluíram também os benefícios dessas tecnologias para o meio ambiente e a produção rural, reforçando a importância das políticas de mitigação da emissão de carbono.
Em maio deste ano, durante a 4ª edição do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), o governo do Estado lançou as metas do Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ RS), que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária gaúcha.
Acordos internacionais têm incentivado os setores produtivos a buscar o balanço neutro ou negativo de carbono. O Rio Grande do Sul firmou o compromisso de reduzir as emissões em 50% até 2030 e de neutralizá-las até 2050.
São oito as metas do Plano ABC+ no Estado, que abrangem desde a ampliação de práticas para recuperação de pastagens degradadas até o manejo de resíduos da produção animal, passando pelo Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, pelos Sistemas Agroflorestais, florestas plantadas, bioinsumos e sistemas irrigados.